Soneto de Solidão

Perdi-me na sua procura infinita

Encontrei-te no idílico da saudade

Musa desejada de noites gélidas

Restou-me a ausência intermitente

Teço monólogos com a lua no além

O seu odor impregnado no âmago da alma

Dor inaudita de momentos inenarráveis

Perfídia tosca de uma noite passageira

Do Pranto a lágrima incessantemente

Do canto a última sinfonia do adeus

Da vida a aventura de um amor declarado

Da esperança tardia de um recomeço

Da chama de Eros que separa e une

Da taça de Baco que incendeia o ato

Da volúpia de Zeus em buscar-te sempre

Do reencontro eterno tal qual sonho de Afrodite

Giovani Ribeiro Alves
Enviado por Giovani Ribeiro Alves em 05/07/2017
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