Soneto de Solidão
Perdi-me na sua procura infinita
Encontrei-te no idílico da saudade
Musa desejada de noites gélidas
Restou-me a ausência intermitente
Teço monólogos com a lua no além
O seu odor impregnado no âmago da alma
Dor inaudita de momentos inenarráveis
Perfídia tosca de uma noite passageira
Do Pranto a lágrima incessantemente
Do canto a última sinfonia do adeus
Da vida a aventura de um amor declarado
Da esperança tardia de um recomeço
Da chama de Eros que separa e une
Da taça de Baco que incendeia o ato
Da volúpia de Zeus em buscar-te sempre
Do reencontro eterno tal qual sonho de Afrodite