MENINOS DE RUA

São crianças, personagens verdadeiros

em papéis tumultuados, sem roteiro

Falas vivas sem ensaio e sem desfecho

Parece em busca do sono derradeiro

Olham todos de soslaio, desconfiados

Não percebem o carinho da ajuda

Tão tragados por caminhos obscuros

Que a mão mais pesada subjuga

Querem pois ser parados, ter parada

Ter abrigo, ter comida, roupa lavada

Educação, proteção, casa, família

Pedem, rogam, em silêncio e nas esquinas

O amor, sentimento tão sublime e enaltecido

Que neste espetáculo, passou despercebido!