Post Mortem
As mãos de lapidadas estruturas,
— Em entretons palidamente frios —
Expunham invernais temperaturas
Prostradas entre rendas e atavios.
Aos seus cabelos de ondulados fios,
Pairava o olor de brancas flores puras,
Dispersas nos estofos tão macios
De um féretro de ilustres talhaduras.
Pelos vitrais do templo, parcialmente,
Uma luminescência alvorecente
Banhava a sua face enlanguescida,
A revelar feições de paz e sono,
Como uma típica manhã de outono,
Gelada, silenciosa, adormecida...
18 de Outubro de 2013
*Reescrito em Outubro de 2023