INSTINTO

Eu ainda sinto na minha boca

O gosto doce do seu longo beijo.

Foi tanta sensação febril e louca

Que minha pele queima de desejo.

O amor que fizemos no velho sofá

Parecia coisa de cinema e televisão.

Foram tantos movimentos de paixão

Que meu corpo sobre o teu ainda está.

O nosso instinto é selvagem, é animal.

Varreu nossa timidez como vendaval

Incendiando nosso coração tão carente!

Nessa luta não há vencido nem vencedor,

Quem ganha é somente o verdadeiro amor

Que habita docemente no âmago da gente.