Feiticeira do mal
Que em nossos beijos do húmus mais espesso...
Amo-te animalmente, sem que te ates!
Eu, ainda lúgubre e ébrio, sem embates,
Subo à índole da praga que é um começo,
Que assomes em luzir mórbido ao gesso
E à clavícula do elo entre os abates,
Que salives, depois que sempre o mates
Com furor fétido e feição do acesso.
Tu, em roupão luciferiano e erótico
Para me acompanhares no éter gótico,
Sensual, satânica, sombria e sádica!
Esperançosamente voluptuosa,
Olho-te entre a ânfora libidinosa
Que flutues em injúria à época fádica!...
Lucas Munhoz - (26/06/2017)