SONETO AO CHE
Che, o que há por traz do teu olhar?
O amanhecer, um crepúsculo de aço?
Ou apenas ternura, um doce mormaço...
De quem, de maneira dura, soube amar?
Que há no fundo do teu olhar, Che?
A determinação dos revolucionários?
Grandes ideais ou sonhos imaginários...
De quem, ainda espera a revanche?
Vimos, sentimos em teu olhar, retidão!
Em teu fuzil, uma outra forma de oração...
E nos indignamos com a injustiça no mundo.
E dela, a tua foto, fizemos nossa bandeira.
E entoamos a tua canção guerrilheira...
Por ti, carregamos no peito, um amor infindo.