Eternidade fingida
Te amar pra sempre, mil juras fizeram,
cuspiram as palavras da boca pra fora,
arde em mim, dizer o que me disseram
essas juras eternas que duravam horas.
Sou grosso, arrogante e hipócrita, nojento,
mas amor não jurei a nenhum ser vivo,
e quando jurei, foi por que havia sentido,
coisa que durou também por algum momento.
Quebrei a perfeição depois do açoito,
me enoja ver o deitar desse oito,
fiz desse paraiso o mais novo inferno.
tirei da bainha uma espada ungida,
nos trechos felizes abri uma ferida,
rasguei a beleza de que existe algo eterno.