A PEDRA
Não há cristal de poder tão devastador,
capaz de transformar o homem em parasita.
Quando da fumaça o trago o livra da dor,
nem reconhece que a pedra o desumaniza.
Ser pele-e-osso, no auge da paranoia,
faz do cachimbo seu instrumento vital.
Pedra, de onde não se faz gema de joia,
arranca do ser seu instinto racional.
De repente, marcha a horda de animais vivos
sob a mira mortal de muitos explosivos,
morrendo sob o efeito perverso da coca.
Da insônia eterna à euforia visível,
a mente humana seca, coração sufoca.
Havia pedra no caminho (intransponível).
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