PACIÊNCIA
Eu faço versos porque gosto e sinto.
Tudo que sinto cabe na estrutura
Do soneto ou, da trova, no recinto;
É neles que minh’alma se depura.
Tem gente que não gosta – se não minto –
Do meu verso, da sua tessitura,
Mas prosseguindo nesse labirinto,
Vejo gente que ama e até procura.
Por esses e por mim é que prossigo
Conduzindo o prazer que vai comigo
De dar meu verso e de também fazer.
E esse prazer é tanto, e tanto, e tanto...
Paciência aos que não gostam, por enquanto,
Pois só vai terminar quando eu morrer.
26/07/02