PACIÊNCIA

Eu faço versos porque gosto e sinto.

Tudo que sinto cabe na estrutura

Do soneto ou, da trova, no recinto;

É neles que minh’alma se depura.

Tem gente que não gosta – se não minto –

Do meu verso, da sua tessitura,

Mas prosseguindo nesse labirinto,

Vejo gente que ama e até procura.

Por esses e por mim é que prossigo

Conduzindo o prazer que vai comigo

De dar meu verso e de também fazer.

E esse prazer é tanto, e tanto, e tanto...

Paciência aos que não gostam, por enquanto,

Pois só vai terminar quando eu morrer.

26/07/02

Raymundo de Salles Brasil
Enviado por Raymundo de Salles Brasil em 12/08/2007
Código do texto: T603633