PERSIANAS CERRADAS
PERSIANAS CERRADAS
Silva Filho
Cerrei as persianas do meu coração
Quando a lua confirmou a tua ausência,
Sacudindo a cabeça pra dizer-me “Não”,
Aquele gesto sugeria desistência!
Te procurei nos versos, no Recanto,
Até nas entrelinhas de outrora,
De tão plangente, sumiu-se o meu canto,
Mas eu volto a cantar a qualquer hora!
Sou o mesmo que contigo fez dueto,
Sou o mesmo que te abriga no soneto,
Sou aquele que, sem ti, não vale nada!
Tu és tudo que meu coração pleiteia,
És o sangue que circula pela veia,
És a flor que no peito está plantada!