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SOBREVOANDO SOB O IMENSO CÉU...

Em liberdade sobreponho à vida
A coloco em uma singela balança
Pondero sobre os aflitos a pujança
Observando seu ponto de partida

Alguns levam na mala resignação
Outros tantos, revolta e infelicidade
Não aprenderam a ter humildade
Maltratam-lhes a alma e coração

Silente e pesarosa sobrevoo o céu
Filas imensas trilhadas no escarcéu
Retirando na partida dos olhos o véu

Descobrindo ante a face dos ocultos
Desferindo-lhes da alma os indultos
Purificando-lhes a criança nos adultos.

(Simone Medeiros)