SÚPLICA EM SONETO

Resplandescente deusa que minh'alma guarda,

aviventa com tua luz meu coração sofrido;

ouve-me cantar em minha lira o que tem sido

solitude, desaventura, poesia que se faz amarga.

Sei que teu bálsamo sobre mim não tarda

e se por noites há cinzas sobre meu brasido

é porque me afasto de ti, tanto perdido;

só teu alento faz com meu peito arda.

Deixa-me despumar teu néctar,

aspirar teu sopro rutilante,

nesse dançar sublime reitoiçar flameado.

Vem, pois, encantada ninfa, inflamar

meu ser com tua brandura extasiante,

secar o pranto que tenho derramado.

Soneto adaptado do texto " Suprema Diva "

Chaplin
Enviado por Chaplin em 11/08/2007
Código do texto: T603203