SÚPLICA EM SONETO
Resplandescente deusa que minh'alma guarda,
aviventa com tua luz meu coração sofrido;
ouve-me cantar em minha lira o que tem sido
solitude, desaventura, poesia que se faz amarga.
Sei que teu bálsamo sobre mim não tarda
e se por noites há cinzas sobre meu brasido
é porque me afasto de ti, tanto perdido;
só teu alento faz com meu peito arda.
Deixa-me despumar teu néctar,
aspirar teu sopro rutilante,
nesse dançar sublime reitoiçar flameado.
Vem, pois, encantada ninfa, inflamar
meu ser com tua brandura extasiante,
secar o pranto que tenho derramado.
Soneto adaptado do texto " Suprema Diva "