Não sei por quê?!

Não sei dizer, nem lhe explicar, agora,
Por que me atrai o céu e me fascina.
Por que minha alma triste e peregrina,
Subindo vai pelo infinito, afora....

Não sei dizer, nem lhe explicar deveras,
Por que a solidão do mar a arrasta
E os horizontes e a planície vasta
Povoam-na de sonhos e quimeras!...

Apenas sei que fico só, vazio...
Perdido em meus pensares, me extasio,
A solidão me invade e me automatiza...

A tudo que me cerca, fico alheio!
Sonhar! Subir! Voar é meu anseio,
Fugindo a um mundo que me brutaliza...


Escrito em janeiro de 1962
Antonio Lycério Pompeo de Barros
Enviado por Antonio Lycério Pompeo de Barros em 19/06/2017
Código do texto: T6031562
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