POETA, MUSA E OUTRORA.

Uma vontade de escrever me vem:

Pela inspiração adentro me meto;

Findo escrevendo mais um soneto,

Mal feito dedicado a certo alguém.

Que nunca saberá, por ser ninguém...

Um ser, na minha vida, tão obsoleto,

Quanto determinado amuleto,

Na ótica dos que o tratam com desdém.

Mas, a vontade de compor é forte!

Sinto no velho peito, vasto corte,

E extravaso tudo isso, peito afora...

... Será dessa maneira desde sempre,

Para escrever precisa-se da trempe:

Poeta, musa e, entre ambos, outrora...

Miguel de Souza
Enviado por Miguel de Souza em 18/06/2017
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