POETA, MUSA E OUTRORA.
Uma vontade de escrever me vem:
Pela inspiração adentro me meto;
Findo escrevendo mais um soneto,
Mal feito dedicado a certo alguém.
Que nunca saberá, por ser ninguém...
Um ser, na minha vida, tão obsoleto,
Quanto determinado amuleto,
Na ótica dos que o tratam com desdém.
Mas, a vontade de compor é forte!
Sinto no velho peito, vasto corte,
E extravaso tudo isso, peito afora...
... Será dessa maneira desde sempre,
Para escrever precisa-se da trempe:
Poeta, musa e, entre ambos, outrora...