PERFAZER
Do vinho eu trago um cheio trago...
Uma taça e meia telha outra cheia
saudades me permeia... E nesse
cabo, eu me afago... E me acabo.
Do milho um sopro, gosto verde...
Quando assado, cozido cural
pamonha, paixão em meu varal...
Uma vontade, me enche a sede.
Uma sede na cede que me cerca
em seu emaranhado arredondado
nos seus lados e bicos, eu me acabo.
Dou- me, com essa dança de lado
bailarino em notas, passos errado
eu me acabo, no passado desse fado.
Antonio Montes