Males Sem cura

Pudesse alguém curar meus sofrimentos,
Secar meus olhos...Enxugar meu pranto...
Jogar minha amargura para um canto
E estrangular, sem dó, meus maus momentos...

Nos braços desse alguém me atiraria,
Desesperado e aflito, quase louco...
Pensando em ser feliz daí a pouco
Tudo que sinto a esse alguém diria.

Mas, se esse alguém não vive entre os mortais,
Se meu sofrer é meu, de ninguém mais,
Se ninguém pode alar meus dissabores...

Por que me exasperar? Por que dizer
que vivo a soluçar, vivo a sofrer?
Para que possam rir das minha dores?!


Escrito em maio de 1965
Antonio Lycério Pompeo de Barros
Enviado por Antonio Lycério Pompeo de Barros em 14/06/2017
Código do texto: T6027170
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