Poço de arrogância
O peito inflama, fundo poço de arrogância
Sussurros, berros de sirene de ambulância
Do muito pouco se extrai a discrepância
Quem me dera poder ter mais tolerância
O centro do universo se mira ao umbigo
Casca intransponível como seu abrigo
Numa força centrípeta que causa perigo
A beira da derrocada que precede o castigo
A mente infundida de pleno poder infame
Poço de arrogância que não se mensura
Na busca da mudança só encontra censura
Gritos vazios que soam na escuridão do fundo
Lugar de solidez onde na se alcança o mundo
Sobra apenas a arrogância como um enxame!
Charles Lima & Carlos Alves 13/06/2017