NINGUÉM SABE... NINGUÉM VIU...
Perguntei ao vento passante
por onde andava meu amor?
Ele, pelas frestas saiu uivante,
nada respondeu, que dissabor...
Perguntei então à chuva que caía
deixando tantas poças pelo chão,
embaçava minhas vidraças, e se ía
dizendo nada, nem um simples "sei não!"
Tentei às aves do céu em bando
que me olharam e continuaram voando...
- Como vamos saber de amores? -
Me lembrei então das flores,
daquelas que florescem no coração.
Elas com certeza, a mim responderão!