O TOMBO DO EQUILIBRISTA
O coração se equilibrando em bambo
cordão de sonhos e ilusões frementes
inspira brisas de esperanças crentes
no crespo e imerso em gás letal molambo.
Porém, num rasgo de consciência arfante,
vacila, oscila em desastrados tombos
porque seus plácidos, branquinhos pombos
não suportaram sustentá-lo amante.
E o coração que se pensou provido
do bem leveza, artista ao céu erguido,
prostrado ao solo das verdades tristes...
E o bruxo atroz e arrasador, o medo,
o espreme em seu descomunal rochedo,
o submetendo aos mais rasteiros chistes.