ARQUÉTIPO DE SONETO
ARQUÉTIPO DE SONETO
Silva Filho
Que venha um soneto para mim,
Trazendo digitais de uma Musa,
Aquele cheiro conhecido, sob a blusa,
Um arquétipo de soneto... enfim!
Que me abrace, do começo até o fim,
Entre dois versos, a pretensão inclusa,
Um rosário de beijos... que acusa,
A passagem do batom com seu carmim!
Que venha expresso, trazido pelo vento,
Com um selo especial do firmamento,
No envelope com o cheiro de uma rosa.
Seu coração deve estar em um dos versos,
Nossos segredos devem vir muito dispersos,
Com aviso de “Encomenda Perigosa”.