Tudo tão definitivo...
(Ouvindo Alone In The Dark - Flaer Smin)
https://www.youtube.com/watch?v=Ppl9H-vIRYQ
Nos ponteiros do tempo os dias avançam
e a vida vai seguindo sem nexo, vazia,
sem vislumbres de querenças, nem alegrias,
nesse caminho só tristezas me alcançam...
Não há som nem das folhas que balançam,
dos pirilampos nem brilho, nem fantasia,
sigo só rumo a perpétua calmaria
onde nem as ilusões, nem os sonhos, dançam...
Não há vestigios de risos, nem sinfonias
só a aridez de um frio e rude deserto
e um céu de plúmbeas nuvens, coberto...
Nada mais há, só um seguir que se abrevia,
a cada passo o final chega mais perto,
tudo tão definitivo, tudo tão certo...
(ania)
Inspiração linda do poeta Pedro Paulo Costa...tristeza também
gera beleza, eis a prova em seus maravilhosos versos, obrigada,
poeta!!!
Calmaria do sertão
Na calmaria do sertão
Encontro paz no meu coração
A natureza em forma plena
Minha alma tão serena deixa-se levar por essa mansidão...
Borboletas voando ao meu redor
Tudo aqui é tão melhor
Sem o barulho dos aviões
O desespero das multidões...
Ouvindo os pássaros cantar
Sinto-me livre pra voar
Dessa paz não quero me livrar...
Na calmaria do sertão
Descanso o meu coração
Sou feliz nessa mansidão...
(Pedro Paulo Costa)
Mais uma vez me curvo diante da Maestria do poeta Silva Filho, diante de suas maravilhosas interações...obrigada poeta, amei!!!
ÚLTIMO LEGADO
Silva Filho
Deixaste só enigmas no teu verso,
Fazendo-me refém num labirinto,
Sorvendo tantos drinques de absinto,
Na busca de amor do lado inverso!
Nem vês que o teu verso é perverso.
Pintado com a cor do vinho tinto,
Tristeza, incrustada, eu pressinto,
Nas páginas de um caso controverso!
Tu finges que o amor já foi embora.
Partindo muito antes da aurora,
Abrindo, no teu peito, grande abismo!
Expresso, eu mandei o meu carinho,
O vento foi jogar em outro ninho,
E volta sugerindo romantismo!
(Silva Filho)
Interação perfeita do poeta fcunha lima...Poeta, não encontro
mais palavras para agradecer tuas inspiradas e primorosas
interações, obrigada!!!
REVERSO DO VERSO PERVERSO
Diz o poeta que tem perversidade,
Neste poema que lanças ao vento,
Perversidade sim, sem ter alento,
É esta que me faz sentir saudade.
Sei que és incapaz de uma maldade,
De ofender nem mesmo em pensamento,
E se não for verdade, eu não aguento,
Peço voltes atrás por caridade.
Quero um verso que se declare amado,
Ou que se sinta tão apaixonado,
Igual a tal paixão que mora em mim.
Se o teu verso quer ver-me infeliz,
Apago tudo que na vida fiz
E nunca mais escrevo um verso assim.
(fcunha lima)