Quando te vejo assim
Quando te vejo nua, minha ninfa,
a banhar nessas águas transparentes,
O meu sentir, bem sei, jamais pressentes,
De meu amor não sabes tu ainda.
Quando eu te vejo assim, minha menina,
Eu sinto a tua carne entre os meus dentes,
E em minha pele as tuas mãos tão quentes,
Uivando em pleno cio: uma felina.
Quando te vejo assim, envolta em véus
De borboletas sobre a tua tez...
Ai! Tu não sabes, não, quanto padeço.
Oh! Ninfa de meus sonhos! Vou aos céus
Mas tu nem me percebes, sequer vês
Que trago a tua imagem em meu avesso.