Sou poeta, não humano
Eu respiro o gás carbônico,
Como a terra e o lixo sujo,
Eu contraio todas as doenças,
Por isso eu fico atônito,
Buscando o bem e do mal fujo,
Sou poeta em muitas andanças,
Eu inverto a existência e finjo existir,
Pois sou a arte greco-romana de ser
Humano, assim me constituo, hei de ir
Usufruir do meu bem, forma de anjo, ter
De fazer o meu caminho entre os brutos,
Saber que a inteligência não é guardar
Tudo pela ciência, mas ser um arguto
Entre esses que me traem, por eu amar...