NO JUQUINHA

NO JUQUINHA

Quem desapareceu virou estrela

E foi luzir bem alto lá no céu.

Mas ficou na memória sob o véu

Da serração mirando a aurora bela.

O seu sorriso aberto por nós vela,

N'esses sertões de andar de déu em déu,

Deixando-nos aqui e ali e ao léu

Os passos que veredas nos revela.

Quem desapareceu virou estátua

Depois de brilhar feito chama fátua

E trilhar os caminhos mais distantes.

Ele, que mereceu permanecer,

Nos mostra co'a imagem de seu ser

Quão bem-aventurados os errantes.

Santana do Riacho - 10 10 2012