Asas
Quero asas para voar acima das montanhas
Longe, distante acima das terras estranhas
Alçando as nuvens descobrindo novos ares
Escutando no azul as vozes lunares.
Quero os meus perfumes para sentir
A leveza do meu viver, a evoluir
Tocando como ventania de fita
Colorindo meu corpo de voz escrita.
Os pés precisam de plumas
As pedras não calçam espumas
Nem servem para caminhar.
As mãos de pétalas são prosas
Os espinhos não são rosas
Vivem no mesmo caule sem cativar.