Soneto simpatia com a solidão

Há tempos não escrevo-te

Há tempos que não sonho-te

Há tempos que esqueci-me de teus olhos

Negros, castanhos escuros, talvez!

Esqueci-me de lembrar teu nome

E, ao vento, sussurro tantas ilusões

E essas, esvaziam-se, ao longo do caminho

Nas gotas da forte chuva de natal.

Olhei-me no espelhar da moldura

Lá, vi, abstratos escuros nas lágrimas

Escorreu-me ao rosto, secando à brisa.

Simpatia tenho com a solidão

E ela, abraçou-me

Sempre foi assim, sempre foi assim!