MUSEU DE SONHOS
MUSEU DE SONHOS
Silva Filho
Com o ilustre poeta Fernando Cunha Lima,
catando reminiscências.
Amarelados, quase que perdidos,
Achei diversos sonhos em pedaços,
No museu, já não há mais espaço,
Pra guardar tantos sonhos encardidos.
Desfigurados, guardam poucos traços,
Daqueles sonhos, outrora bem vividos,
Alguns vestindo trajes conhecidos,
Do tempo do poder e do agraço.
Nem vou pedir uma restauração,
Eis que não cabem no meu coração,
Os fragmentos dos sonhos arquivados!
Porém, pretendo digitalizar,
Cada moldura que esteja a guardar,
Os momentos que foram bem sonhados.