TERRAS MORTAS

Despencam-me cristais avermelhados...

É sangue de lamúrias infinitas!

Sorrisos a jazer, petrificados

atiro em rude chão... Dores malditas!

Torturam-me terríficos passados,

assombrações de histórias já escritas.

O meu lamento espiam esfaimados

os mais imundos, torpes parasitas.

Esfrangalhado, vago em trilhas tortas,

seguindo desgarrados beija-flores.

Coitados! Sofrerão em terras mortas...

Nos pedregais insípidos, nefastos

não têm lugar as telas multicores

de que nos desatinos vejo rastos.