ROTAS
Carentes, por quimeras possuídos
Cobrimos de luxúria a castidade
Amamo-nos afoitos, com vontade
Sussurros caem, doces, nos ouvidos
Os lábios estremecem embebidos
No néctar precioso... Intensidade!
Envolve-nos carnal insanidade
Pulsamos perdição, de ardor servidos
Gentis abraços, cheiro entorpecente...
Olhares langues pousam brandamente
Nas gotas de deleite perfumosas
Dos poros inflamados por desejos
Escorre sumo quente, esses adejos
Em ti, meu céu, têm rotas saborosas