VERSO ALOPRADO

VERSO ALOPRADO

Silva Filho

(tentando alcançar o verso da Ania: MEU VERSO INQUIETO)

Meu verso insurreto; insurgente,

Galopa, por aí, sem ser notado,

Proveito... tira do cavalo alado,

Voando, como estrela cadente!

No céu... ele faz uma tangente,

E segue para um mundo doutro lado,

Não teme o desprazer de ser barrado,

Partindo do nascente pro poente!

Poeta... não segura o seu rebento!

Um verso que prefere o relento,

É nômade. Sem morada, sem destino!

Melhor é aderir ao seu passeio,

Quem sabe... ao brincar de devaneio,

Se encontre o horizonte celestino!