Desilusão e inferno...

Meu passado é escuro como um breu,
Minh'alma tão marcada em seu destino,
Entre os loucos blasfemo, nada atino,
Mas a consciência sabe... se perdeu!

Assim, desventurada, sem razão,
Sigo; Pedras me atiram! Vem dos sãos!
Dos amores que tive sem versão
Mais fez-me enlouquecer. Vil desrazão!...

E eu carregava a ânsia, só, verídica,
Que agitava o meu ser, chama fatídica,
Que explodia em mim, na coisa ilógica!

E desgraçadamente, fui isca exôtica;
Morando na fogueira, toda louca,
Satanás conheci... e então sou oca!

POETA PEDRO PAULO SOUZA, SUA PRESENÇA SERÁ SEMPRE UMA HONRA OBRIGADA PELO MIMO QUE ABRILHANTOU MINHA PÁGINA


Inquisição...

Julgado e condenado
Do meu amor desacreditaram
Olhares culposos condenaram um inocente
Uma atitude inconsequente
Lançando nas chamas da solidão
Este enfermo coração...
Condenado pela inquisição
Negaram-me seu perdão
Ao inferno fui e voltei
O bem e o mal experimentei
Se ainda sei amar, dizer já não sei.

POETA, PEDRO PAULO COSTA, 29-05-17