AÇOITES...
Vagueio o meu olhar pelas campinas
No verde que denota uma esperança;
E dou-me a lembrar de ti, menina,
Descalça, em rodopios, leda dança....
Os campos estão cheios de boninas,
Também em teu cabelo, em tua trança;
Teus olhos são quais águas cristalinas
Brilhando sob o Sol destas bonanças!...
Tardinha agora e o Céu já se escurece;
Retorno para casa... já anoitece!
Por cima dos meus ombros cai a noite!!!
Saudades que eu sinto... e não te esquece
Minh’alma, ó menina, a qual padece,
Chorosa, aguilhoada nos açoites!!!
Arão Filho
São Luís-MA, 29 de maio de 2017.