AO SOM DO FREVO (*)
Quando se deseja amar,
Ver bonecos por Olinda,
Tem-se a multidão mais linda
Na avenida à beira-mar.
Logo o vate pensa e mescla
Gente e cores - coisa fina! -
Ao momento de traquina
Bem danado de bom tecla...
Tecla em paz, com rimas belas,
Algo nato de profeta
Das pernambucanas telas.
Vê-se em dança quente e mente:
- Um passista em nada afeta
A cadência dessa gente!
Salvador, 20/02/2007.
(*) Publicado na Antologia Literária Internacional Del'Secchi, v. XXVIII, 2017, p. 137.