TODO SANTO DIA


Faltando assunto, todo santo dia
Escreve o seu banal, qualquer besteira
Como quem paga à vida costumeira
A dívida na mínima quantia.

E escreve achando o máximo, a alegria
Não finge e nisso esgota a tarde inteira
Que o tempo é curto mas é livre... e ‘asneira’,
Que no outro vê, em seu verso é idolatria.

Talvez um dia logre achar a pista
Do que são graves déficits num artista
Ou talvez não, só queira o que é banal.

O mundo, a desabar aqui e lá fora,
Costuma ter desdém pelo que chora
Ensimesmado, frívolos e tal...
 
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Israel Rozário
Enviado por Israel Rozário em 26/05/2017
Reeditado em 26/05/2017
Código do texto: T6009807
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