Manhãs de agora
Manhã primaveril como de outrora
Ver o azul do céu, Sol lampejante
Nestes dias é algo inconstante
Quisera essa manhã aqui agora
Passaredo outrora pipilava
Cantava animado em revoada
Alvíssara agora é trovoada
A fauna o progresso nunca salva
A gurizada não sai mais de casa
As ruas se tornaram um perigo
Bandidos soltos, famílias reclusas
Manhãs não são como há cinquenta anos
Por isso essa tristeza tão intensa
Saudade das manhãs sem fazer planos
Inspirado em MANHÃ PRIMAVERIL, escrito em 1963 pelo poeta nonagenário Antonio Lycério Pompeo de Barros.