Versos memoriais
Senti uns versos n' alma e me saíram da mão
Olhos brilhavam, eu então queria escrevê-los
Antes algo tocou-me fundo o coração
Figuras, no emergir, eriçaram os pelos
Pensei n' algum versar silente sobre amor
Mas sem que houvesse ruído, encaixado e mansinho
Rebolando, ritmado, os dois em tom de ardor
Variando de lado ante impudor e carinho
Cálidos versos eu deixei escritos pra ti,
Depois daquela noite, a cópula dos corpos
Mesclados no prazer, logo após qu' eu parti
Levei versos comigo, hoje, em meu coração
O êxtase havia na mente e o regalo em teu copo
Que carrega no ventre, o deleite e paixão