O que jazer?
Faz já muito, não ortografo
Havia bem mais a se viver
E quase sempre me inundo
De insatisfações mil
Mas ainda assim, horrendo, desabafo
Mãos tão ágeis de um cadáver
Que tão só, por um segundo
Viveu além do arrepio
Lampejos curtos de euforia
Escuridões infindáveis de desânimo
Contramão da transcendência
Loquaz, tortuosa em eloquência
Nem sentiu o que era o acrônimo
Da incomensurável carência