LONGE DE CASA...
Perambulo pelas esquinas perdida
Sem pai e mãe para dar-me guarida
Sou nesta vida somente uma criança
Que perdeu pelo mundo a esperança
Há noites em q'eu não durmo em paz
No silêncio da madrugada ouço gritos
Aterrorizando-me c' o teu medo voraz
Ajoelho-me aos pés dos meus ritos
Agradeço silente aos céus e em prantos,
Pelo manto sagrado no meu ombro velados
Mãos amigas, divina Luz que traz acalantos
Mesmo sozinha nesta esfera gigante
Sei que sou amparada por seres alados
Dando-me forças e fé ao meu ser errante...
(Simone Medeiros)