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LONGE DE CASA...

Perambulo pelas esquinas perdida
Sem pai e mãe para dar-me guarida
Sou nesta vida somente uma criança
Que perdeu pelo mundo a esperança

Há noites em q'eu não durmo em paz
No silêncio da madrugada ouço gritos
Aterrorizando-me c' o teu medo voraz
Ajoelho-me aos pés dos meus ritos

Agradeço silente aos céus e em prantos,
Pelo manto sagrado no meu ombro velados
Mãos amigas, divina Luz que traz acalantos

Mesmo sozinha nesta esfera gigante
Sei que sou amparada por seres alados
Dando-me forças e fé ao meu ser errante...

(Simone Medeiros)
Simone Medeiros
Enviado por Simone Medeiros em 20/05/2017
Reeditado em 20/05/2017
Código do texto: T6004515
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