CAIXÃO BRANCO
A tarde vai caindo tristemente,
Um silêncio se espalha devagar...
Ao longe, muitas nuvens no poente,
Avermelhadas como a sangrar...
Uma garoa fina e intermitente
E um vento frio se espalham pelo ar;
O céu parece que tristeza sente,
Ouvindo, ao longe, um sino repicar.
E o cortejo, então, desce a ladeira,
Se arrastando no asfalto em fileira,
Pisando lágrimas sem perceber...
À frente, o caixão branco... Que desgraça!
Causando comoção por onde passa...
Crianças não deveriam morrer!