CAIXÃO BRANCO

A tarde vai caindo tristemente,

Um silêncio se espalha devagar...

Ao longe, muitas nuvens no poente,

Avermelhadas como a sangrar...

Uma garoa fina e intermitente

E um vento frio se espalham pelo ar;

O céu parece que tristeza sente,

Ouvindo, ao longe, um sino repicar.

E o cortejo, então, desce a ladeira,

Se arrastando no asfalto em fileira,

Pisando lágrimas sem perceber...

À frente, o caixão branco... Que desgraça!

Causando comoção por onde passa...

Crianças não deveriam morrer!

Jorge de Oliveira
Enviado por Jorge de Oliveira em 20/05/2017
Código do texto: T6004449
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