OCULTA COMPANHIA

OCULTA COMPANHIA

Silva Filho

(refletindo sobre o poema “A Noite Não Vem Só”, de Raquel Ordones)

Quedei-me tão sozinho; no meu imo.

Ao ver o sol cerrar sua cortina,

Não vi uma mensagem vespertina,

Tampouco vi uma chance de arrimo!

Poeta... nunca passa de menino!

Um colo... tenta ele em cada esquina.

No verso, vai plasmando sua sina,

No peito, tem o amor por inquilino!

Busquei pela janela... uma companhia!

A noite vem chegando – após dia,

Trazendo só a lua “de costela”!

Oculto deve estar o meu presente,

A noite, impulsiva... sorridente,

Talvez carregue um nome na lapela!