Soneto sentencioso
Liras transcendentais,de arpas mortíferas
Ressonam sentenciosas com turbação
Círios quaresmais se pulverizam na escuridão
Mercúrio-cromo inunda inteira a atmosfera
Num atoada inquisidora,visceral
Proclama o fim da fé e do amor
Arautos do porvir,ultriz universal
Trucida a essência humana em deslouvor
Pecados a afastar homens da verdade
No genuflexório,não rogam mais misericórdia
Embora em expiação segue na iniquidade
Missivas por serafins,de teor incisivo
Diz juíz divino: hedonistas não passaram pelo crivo
De tão ignaros cegos a unção da terrena concórdia