SONETO DA CHAMINÉ

A chaminé não aquece mais o frio da garoa

A fábrica mudou-se, levou embora seu calor

Os candeeiros da portaria trocados por luz neon

O luar e estrelas não mais clareiam a cidade

Sinto falta da chaminé e olho o céu à toa

Encontro Vésper... faço um verso em seu louvor

A Lua sorri, fazendo lembrar daquele tempo bom

Quando sonhava o céu trouxesse a felicidade

A um novo edifício a chaminé deu seu lugar

Mas em sua calçada crianças não irão brincar

Nem verão São Jorge na Lua caçar o Dragão

Tal qual cometas fugazes em seus destinos

Tão rápido igual o crescimento dos meninos

Vai-se na fumaça nossos tempos de ilusão

Pedro Galuchi
Enviado por Pedro Galuchi em 12/05/2017
Código do texto: T5997149
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