RETICENTE... NAS ENCRUZILHADAS

RETICENTE... NAS ENCRUZILHADAS

Silva Filho

Trôpego de amor... segui tuas pisadas

E quanto mais amor fluía do meu peito

Muito mais o ar se fazia rarefeito

Deixando-me reticente... nas encruzilhadas.

Por muitas sendas procurei pelo teu leito

Sorvendo o frescor das madrugadas

Campo minado... território de ciladas

Restando-me a companhia do trejeito.

Mas tua sombra ficou nas alvoradas

Juntamente com as rosas orvalhadas

Comentando meu intento, meu despeito.

Quantas noites convivendo com rajadas

Desses ventos que percorrem as estradas

Mas não levam meu aceno, nem meu preito!