A minha musa
Teu negro olhar tão viva cor dispara,
E como o Sol as trevas demolindo,
Tão natural parece assi luzindo
Luz profunda que da alma então buscara.
Letícia da pele alva e casta e clara.
O brancor da neve escurecido
Inveja teu alvo brilho e, comovido,
Só com vós ver, como todos, te amara.
Letícia das mãos belas e mimosas.
De mil traços alegres, graciosos...
Divina dentre todas as fermosas!
Não podem quantos versos desejosos,
Em cantar tuas belezas candorosas
Em língua alguma, serem venturosos.