SONETO DO INFINITO DEMAIS
Quando a gente anoitece tristemente
e infinito demais nos apequena,
sobra este cobertor, que é uma pena,
pois arranca a prisão em si latente.
Quando já noite, um só vazio de frente,
no supino da dor franca e tão plena,
nos encontra agachados e condena
a agonia mortal do eternamente.
Reconhece você a que solidão
remonta cada vida em si marcante
e com outras, sentir a colisão.
A vida, de repente, co' elisão,
recolhe aquele eterno contrastante,
vendo o sem-fim, mortal, na humana ação.
Quando a gente anoitece tristemente
e infinito demais nos apequena,
sobra este cobertor, que é uma pena,
pois arranca a prisão em si latente.
Quando já noite, um só vazio de frente,
no supino da dor franca e tão plena,
nos encontra agachados e condena
a agonia mortal do eternamente.
Reconhece você a que solidão
remonta cada vida em si marcante
e com outras, sentir a colisão.
A vida, de repente, co' elisão,
recolhe aquele eterno contrastante,
vendo o sem-fim, mortal, na humana ação.