Soneto roceiro

São cinco da manhã, o galo canta.

Levanta bota lenha na fornalha,

Palha, fumo, café, prece à santa,

Planta o pé na botina; à batalha!

Orvalha ainda, chapéu, força, cabaça.

Abraça seu trabalho, busca o gado,

É cercado e peado, tão sem raça.

Rechaça o bezerrinho arreliado.

É ordenhado o leite. Já afofa a horta,

E corta o mato, varre seu quintal,

É bestial ofício, afã reporta.

Transporta porcos, roupas no varal,

É rural. Pesca e caça; se comporta,

Da porta, o luar, firme no degrau.

#ordonismo

Uberlândia MG

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Raquel Ordones
Enviado por Raquel Ordones em 09/05/2017
Código do texto: T5994643
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