Soneto do último amor
Se em ti vais me beijar no mel do ardor,
Co´a ambiência de um delírio e a ânsia do gozo
Que inda és minha, sem pejo, és meu amor;
Queres que eu seja o amado voluptuoso?!
Sim, com que nada fiques na áurea dor,
Dou-te o abraço sensual e venturoso
Que em mim me aqueces co´o maior langor...
Que sempre estás no coração bondoso.
Sei que o amor é puríssimo sem ódio,
Sinto-o, com alma íntima e anelo, acode-o!...
Só tu e eu: dois amores na pureza.
Sabes se eu te conheço em que inda és bela
Como a Vênus, em tua nudez singela,
Sê minha... Assim que o peito amante preza!...
Lucas Munhoz - (08/05/2017)