Sol de geladeira

Essas manhãs dorminhocas

Frias de minha terra.

Onde o sol de geladeira

Ilumina mas não esquenta.

Nesses dias de liberdades sonhados

Serenos mas inadequados.

O silencio que me descansa

Ensurdece-me, me esquece.

Respiro sem aparelhos

Distância de meu enterro,

Vejo a vida que padece.

Embora quisesse muito

Não sobreviveria em agonia,

O hoje simples me aparece.

Caper
Enviado por Caper em 07/05/2017
Código do texto: T5992208
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