DESESPERANÇA
 
Oscila  o vate no auge da jornada...
A luta diuturna é meio do fim,
E o aprimoramento da alma,  é sim,
A amarra  que o sustenta na  escalada!
 
As desilusões que surgem a cada
 Fase  do aclive são pragas enfim
Que  a alma retém, qual adubo ruim
Que deixa a terra de vermes crivada!
 
Certo que a dificuldade complica,
Que a ingratidão amargura a esperança,
E, que a maldade fere o amor e o  corrói!
 
Mas, se o bardo cede ao revés que destrói,
Sem a persistência que retifica,
Cantará somente desesperança!
 
 

Foto Google
Fundo:  
Porto Solidão (Jessé)
 
Nelson de Medeiros
Enviado por Nelson de Medeiros em 05/05/2017
Reeditado em 05/08/2019
Código do texto: T5990731
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