PALÁCIOS AO VENTO

Como queria saber em que plagas

Repousa a luz dos sorrisos feridos

Onde findaram as fúnebres sagas

Das aves órfãs, de seus alaridos

Memórias lívidas, mesmo que vagas

Fazem chover em meus olhos sentidos

Despejam sal, agravando-me as chagas

Os infortúnios me doem, remoídos

Ah, se pudesse jungir ventanias

Essa poeira, palácios bailantes

Não deixaria partir desse jeito

Palmilho muitas veredas vazias

Na imensidão de jardins lacerantes

Com uma espada cravada no peito